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COLHEMOS O QUE SEMEAMOS Não sei quem disse, nem quando disse, mas imagino que seja muito sábia a pessoa que assim afirmou: “Todos somos livres em escolher a semente para semear, mas todos somos obrigados a colher aquilo que semeamos”. Do livro do Profeta Oséias, tornou-se popular a célebre frase que afirma: “Quem semeia vento, colhe tempestade!” (Os 8, 7) Não podemos encarar essa verdade como um fatalismo irreversível, mas todo o cuidado é pouco, quando estamos semeando no canteiro do tempo que nós é dado, como espaço de nossa oportunidade na história. Sabemos que, se um atleta não é cuidadoso e zeloso no treino, terá muita dificuldade, senão impossibilidade de vitória em qualquer partida. No campo do mundo há muita gente agarrada ao presentismo que imagina não existir o dia de amanhã. Quando os dias se sucedem, veem-se colhendo inço em lugar do trigo, porque se enganaram na semeadura. A semente plantada hoje, em nome da liberdade do “vale tudo”, amanhã poderá nos surpreender com um “nada vale”, deixando-nos de mãos vazias, mente frustrada e coração amargurado. Nessa história das colheitas frustradas, é comum investir acusações a outros, como causadores destas desgraças. Esse tipo de procedimento parece ser uma epidemia dos irresponsáveis. Diante de tantas situações onde se colhem frutos amargos, ouve-se, com frequência, filhos acusando pais, pais acusando filhos, alunos acusando professores e professores acusando alunos, povo acusando seus governantes e governantes acusando o povo. A epidemia da acusação é sempre um mecanismo de fuga que clama o remédio da corresponsabilidade e da participação. Se é frustrante escolher a semente errada na hora da semeadura, em nome da liberdade, parece ser igual ou pior a sensação de nada semear quando o tempo é propício e indignar-se com a terra, na hora da colheita, porque esta não produziu. Conta-se que, numa região agrícola de nosso Estado, um proprietário de uma produtiva gleba de terra, gostava muito de se divertir e esbanjar. Um dos vizinhos, muito zeloso, encontrou-se e lembrou-o que estaria na hora de plantar o trigo. Este logo respondeu que era inteligente e sabia se governar. Em seu calendário já havia definido fazer uma viagem turística por três meses. Ao regressar da viagem contemplou os campos vizinhos que exibiam trigais fecundos e admiráveis. Em sua vaidade e auto suficiência achou que podia recuperar o tempo perdido. Lavrou a terra e semeou a melhor espécie de trigo. Esse germinou e ia crescendo, mas na hora da colheita nada produziu, pois havia sido semeado fora do tempo. Indignado, moveu um processo contra o vendedor da semente, como se fosse o culpado de sua frustração. Além de perder o trigo, perdeu a causa e o dinheiro investido com seu advogado. A vida de cada pessoa tem seu tempo limitado aqui na terra. Cada “hoje” da vida é uma oportunidade que não volta mais. Não deixe para amanhã o que deve semear hoje, porque amanhã pode ser tarde demais.
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