
Serviços
Conselho Paroquial Pastoral - CPP
1. O que é?
O CPP é um grupo de homens e mulheres, casados, solteiros, jovens, religiosos(as) que assume, junto com o(s) padre(s) da paróquia, a condução da comunidade paroquial.
2. Quem autoriza a paróquia a constituir o CPP?
Quem tem o direito de autorizar as paróquias de uma diocese (arquidiocese) a constituir o CPP é o Bispo diocesano (arquidiocesano) que, para tanto, ouve o Conselho Presbiteral (veja "Código de Direito Canônico" Cân536. §1).
3. Como são escolhidos os membros do CPP?
Os membros do CPP são escolhidos segundo o modo indicado pelo Bispo diocesano (arquidiocesano). (confira ""Código de Direito Canônico" Cân512. §1).
4. Quem pode participar do CPP?
Podem participar do CPP todos aqueles que têm o cuidado pastoral paroquial (líderes, agentes de pastoral, coordenadores de movimentos e pastorais, representante dos religiosos e religiosas, mais o(s) padre(s) da paróquia.
5. Qual a área de competência do CPP?
O CPP tem como área de competência os assuntos de pastoral.
6. Quais as Finalidades do CPP?
O CPP tem como finalidades:
1. O cuidado com o planejamento, a execução e a avaliação das resoluções e compromissos assumidos na Assembleia Paroquial;
2. o acompanhamento de toda a vida pastoral da comunidade paroquial; e
3. o zelo pela unidade na caminhada pastoral da paróquia.
7. O CPP é o responsável também pela organização e realização da Assembleia Paroquial?
Sim, o CPP tem como uma de suas tarefas mais importantes, a realização da Assembleia Paroquial.
8. Onde está fundamentada a validade do CPP?
O CPP tem a sua razão de ser no fato de a Igreja ser toda ela ministerial, ou seja, todos os batizados, sem exceção, são chamados a participar ativamente da missão da Igreja (consulte o documento 20 da CNBB, números 117 a 158).
9. O CPP é de fato necessário à vida de uma paróquia?
Sim, o CPP é essencial à vida de uma paróquia, porque é atravéz dele que a comunidade, direta e indiretamente, assume o compromisso cristão, compromisso este oriundo do batismo e da confirmação.
10. O CPP é um órgão de ação ou de reflexão?
O CPP é um órgão tanto de reflexão e planejamento como de ação. Sua principal missão, contudo, é levar a comunidade paroquial a assumir a fé de forma concreta, sempre a partir das decisões tomadas na Assembleia Paroquial.
11. O CPP "manda" na paróquia?
Não, o CPP não é o "dono" da paróquia, nem "manda" nela, mas antes está a seu serviço, sendo instrumento de comunhão e participação.
12. O CPP "manda" no padre, ou o padre "manda" no CPP?
Nem o CPP "manda" no padre, nem o padre "manda" no CPP. Padre e CPP devem caminhar juntos, tendo em comum aquela que é a primeira tarefa de ambos: o serviço à comunidade.
13. Quem preside o CPP?
Quem preside o CPP é o pároco.
14. Como os membros da comunidade paroquial podem se manifestar através do CPP?
Os membros da comunidade paroquial podem participar das reuniões do CPP de dois modos, a saber:
1. Levando ao conhecimento do seu presidente (o pároco) o(s) assunto(s) que gostaria de ver tratado(s) nas reuniões;
2. sendo convidado para tomar parte, de forma extraordinária, de uma ou mais reuniões do mesmo.
15. De quanto em quanto tempo o CPP deve ser renovado?
Cabe ao Bispo (Arcebispo) Diocesano (Arquidiocesano), depois de ouvir o Conselho Presbiteral, definir de quanto em quanto tempo o CPP deve ser renovado. É prática, no Brasil, que essa renovação se dê de dois em dois anos.
Coordenador de Pastoral: José Luiz Garcia
A coordenação de Pastoral é um serviço importantíssimo nas comunidades. A boa coordenação aberta a Deus e as pessoas faz a comunidade prosperar e o Reino de Deus acontecer.
É um serviço que deve proporcionar prazer e felicidade. Sim a coordenação deve ser mais alegria que sofrimento porque a palavra “evangelho”... em si, é “boa notícia”, e um coordenador estressado, desanimado ou acomodado, não consegue anunciá-lo bem à comunidade.
Na Bíblia, podemos analisar Jesus coordenador:
1. João 13, 1-9 (O lava-pés): Jesus amou seus coordenados ensinando que a coordenação é um serviço à comunidade; o serviço deve ser a marca da comunidade e não a dominação e a servidão. Ensinou que todo trabalho é importante.
2. Marcos 4, 35-41 (A tempestade acalmada): Jesus vê que na outra margem há gente que precisa dele. No barco, acalma os discípulos para depois ensinar que se ele está presente ninguém perece. Às vezes, parece que Jesus dorme nos dias de hoje... O coordenador acalma, transmite esperança e coragem; mantém o equilíbrio, sem apavorar-se diante das dificuldades.
Faça uma leitura orante dos evangelhos buscando o Cristo coordenador.
O Que faz um coordenador?
1. Ele inclui as pessoas. O coordenador cristão soma os dons que o grupo possui.
2. Ele anima e conduz o grupo, nas turbulências (acalmando) e na calmaria (provocando movimentos).
3. Ele leva o grupo a atingir seus objetivos.
4. Ele se apresenta para ajudar a resolver os problemas.
5. Ele delega responsabilidades, tarefas e poderes de decisão.
Do que precisa para coordenar bem?
1. Transitar pelo grupo todo, manter diálogo com todos.
2. Ter uma caminhada comum com o grupo, um bom tempo de participação, para saber o valor das conquistas e o sofrimento dos erros cometidos.
3. Conhecer bem o assunto que coordena e ter noções básicas de outros assuntos ligados ao que coordena.
4. Saber decidir (pessoas indecisas transmitem insegurança). Após examinar bem a realidade, ouvir os envolvidos e buscar auxílio necessário, cabe ao coordenador a decisão sobre a maioria dos assuntos. Os mais importantes, é claro, são decididos pelo grupo.
5. Ser equilibrado: não estar excessivamente animado ou desanimado; querer tudo hoje e amanhã nada; e controlar os impulsos para manter-se na linha do objetivo traçado pelo grupo. A abertura para o diálogo com o mundo começa pelo diálogo interior
6. Conhecer seus pontos fortes e fracos: ninguém é perfeito, mas o coordenador será chamado a falar em público, escrever, dialogar, negociar e organizar. Assim, ele deve desenvolver suas aptidões e buscar auxílio para suprir suas limitações.
7. Observar, ouvir e falar com seu grupo: cada pessoa é importante, cada fato deve ser trabalhado e estudado, como também a realidade (particular e coletiva) nunca deve ser esquecida.
8. Fazer partilha com outras pastorais: fomos acostumados a resolvermos apenas os problemas do nosso grupo imediato. O coordenador precisa articular-se com outros coordenadores para resolver problemas comuns, sendo verdadeiramente “Igreja de Cristo”.
9. Fidelidade: afinal, o Reino que buscamos não é meu e nem seu, é de Deus.
Coordenar em Equipe
A melhor maneira de coordenar se realiza em comunidade, em equipe. Um coordenador que fica no cargo por anos seguidos tende a se desgastar ou a acomodar-se.
A solução é montar a equipe, partindo das necessidades do grupo, criando assessorias (e preparando novos líderes): secretário, assessor de comunicação, de litúrgia, de formação, de eventos etc. É preciso dividir tarefas, responsabilidades e autonomia, formando uma "família" que promova reuniões regulares e divida alegrias e desafios. Se o Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, pequenino, que se torna a maior das árvores, a coordenação deve ser simples, mas com solidez e competência, criando raízes em Jesus Cristo.
Coordenador(a): Reze, peça sabedoria, confesse, comungue, leia muito, informe-se, cresça! Entregue-se nas mãos de Deus e seja feliz!
Artigo extraído da Revista Unidade. Ano8 - nº42 Jan./Fev.2006 - Diocese de São Carlos